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domingo, 12 de dezembro de 2010

Capítulo 29

Estávamos os cinco jogados no mesmo sofá rindo um em cima do outro quando Tia Sam chegou, a mãe do Dougie, chegou.
- Passou um furacão pela minha sala? – Nós paramos de rir e ficamos todos olhando para ela com cara de assustados olhando para ela.
- Mãe... – Dougie disse tentando segurar a risada depois que o choque da surpresa passou. – Você chegou!
- Não, é meu espírito que está aqui – ela disse rindo em seguida –, e vocês vão arrumar essa bagunça antes de meu corpo chegar!
Achei curioso ela fazer piada daquela situação, lembrou minha mãe.
- Pode deixar tia, eu organizo o mutirão aqui – Tom disse com um tom de voz de liderança.
- Que bom Tom! – Ela disse se dirigindo para a escada – Vou tomar banho, quando descer quero ver essa sala limpa.
- Puxa saco! – Danny disse assim que Tia Sam sumiu escada acima, Tom mostrou língua para o Danny e começou a mandar a gente fazer as coisas. Ele estava me irritando já, estava me segurando para não mandar ele ir se ferrar.
- QUE COISA TOM, PARA DE MANDAR A GENTE FICAR FAZENDO AS COISAS, JÁ ESTAMOS FAZENDO! – Danny berrou antes de mim fazendo todo mundo parar o que fazia.
- VAI TE CATAR DANIEL! – Tom retrucou.
- DÁ PARA PARAR DE GRITAR! – Maira estressada jogou o travesseiro, que ela tinha acabado de colocar no sofá, no chão. Danny correu de perto dela com cara de assustado e Tom se abaixou atrás do sofá, Dougie e eu estávamos perto da porta do cozinha um pouco longe dela e ficamos rindo da cena.
- Nossa, que bando de histéricos! – Dougie cochichou para mim que concordei rindo baixinho.
- Tomem cuidado meninos, a Mai está com o olhar fatality dela... Se possível corram – eu disse rindo mais ainda, Danny acreditou em mim e correu para se esconder atrás de Dougie.
- Danny seu lesado, saí daqui que não gosto de macho atrás de mim! – Dougie disse empurrando Danny – A Suh estava só brincando.
- Que bom... – Ele disse passando a mão a nuca. – Poxa, eu fiquei com medo – ele comentou e todos riram.
Voltamos a arrumar a sala. Ainda estava a maior, tinha pipoca e doce para todo lado, sorte que não tinha nada líquido ali, assim não precisaríamos limpar o chão. Passou um tempinho e de relance eu olhei para o relógio, era 22:48h.
- MAIRA DO CÉU! – Eu gritei e ela jogou a vassoura que segurava no chão.
- O QUE EU FIZ? – Perguntou assustada.
- São quase 23:00h! – Ela que estava tensa relaxou e começou a rir. – MAIRA, SEUS PAIS VÃO TE MATAR E VOCÊ ESTÁ RINDO?
Gritei enfezada com ela.
- Calma, lembra que eu saí do castigo? – Ela pegou novamente a vassoura que tinha deixado cair antes e voltou a varrer os doces e as pipocas.
- Oh é mesmo... Eu esqueci! – Disse relaxando também, como eu poderia ter esquecido aquilo?
- Caduca! – Todo mundo riu de mim.
- Que justificativa você vai dar para eles? Se você falar que estava na casa do seu namorado até uma hora dessas, você fica de castigo para o resto da vida.
- Quem disse que eu vou voltar para casa hoje? – Ela sorriu maliciosa.
- Não entendi – Maira revirou os olhos impaciente diante da minha ignorância.
- Vou ligar para eles e perguntar se posso dormir na sua casa, eles vão deixar e aí eu não vou precisar de desculpas, entendeu? – ela falou com tom de obviedade na voz e se sentou no sofá com o Tom já que tínhamos acabado a arrumação.
- Oh! Bem bolado esse plano amor! – Tom disse dando um selinho nela que abriu um sorriso enorme.
- Obrigada! Sei que sou demais! – Ela disse fazendo cara de esnobe. E eu taquei um travesseiro que vi na cara dela.
- Sua... Safada! – Ela disse tacando o travesseiro de volta em mim e eu o peguei com as duas mãos antes dele me atingir.
- Há! Dessa vez não! – Eu disse orgulhosa de ter pego o travesseiro enquanto ela fez cara de indignada.
- Sem graça! – Danny disse se jogando na poltrona que ele estava antes com um travesseiro na mão. – Achei que ia começar uma nova guerra de travesseiros.
- Mas nem que porcos voem! – Levamos um susto quando Tia Sam apareceu de repente no topo da escada rindo.
- Nossa, da onde a senhora tira essas coisas mãe? Coisa brega! – Dougie disse rindo da expressão de surpresa dela.
- Nem queira saber! – Ela disse descendo até a metade da escada para conversar melhor conosco.
- Sabia que vocês são muito bagunceiros? Fala sério, ouvi suas vozes do banheiro, achei que estavam se matando aqui! – Ela disse rindo.
- Oh, mas agora a sala está arrumada Tia, nem parece que estava de pernas para o ar em menos de meia hora! – Tom disse puxando saco como sempre.
- É mãe! – Dougie confirmou.
- Não quero parecer grossa nem nada, mas... – Ela hesitou um pouco antes de falar. – Não está muito tarde para duas moças andarem sozinhas pela rua? – Ela disse e eu não sabia onde enfiar minha cara. Ela estava certa.
- Está sim mãe, e é por isso que nós vamos levá-las – Dougie disse passando a mão pelas minhas costas e pousando-a no ombro do outro lado me abraçando.
- Se quiserem eu levo vocês – “seria um prazer sogronha!” pensei comigo mesma e tive que me segurar para não rir do meu pensamento imbessíl.
- Não sei, o que vocês acham? – Dougie perguntou olhando para mim e depois para Maira.
Olhei para Maira e ela deu de ombros.
- Pode ser... – disse meio sem graça.
- Bom que assim eu fico sabendo onde minha norinha linda mora! – Tia Sam disse e eu quase saí correndo da sala de tanta vergonha, todos ficaram me olhando com um sorriso idiota na cara. – Vou pegar as chaves do carro... – ela disse dando as costas para nós subindo a escada e voltando para o segundo andar.
- Norinha hein! – Maira me cutucou e eu dei um soco no braço dela.
- Cala a boca! – Eu disse rindo envergonhada.

Tia Sam parava em frente a minha casa quando vi uma pessoa conhecida parada lá.
- Mas será possível? – Dougie disse revirando os olhos.
- O que foi Dougie? – Danny perguntou e ele só apontou para o portão. Paola e Thiago estavam lá na frente falando com minha mãe. Senti um calafrio ao ver aquela cena. – Ah!
Descemos todo do carro, só Danny continuou lá dentro. Dougie segurou minha mão e eu respirei fundo.
- Susan! – Minha mãe me chamou num tom de voz estranho.
- Que foi mãe? – Perguntei tentando adivinhar o que era, mas era impossível saber, eu não tinha feito nada de errado, pelo menos que eu saiba.
- Porque você nunca trouxe esses meninos maravilhosos para mim conhecer? – Ela disse séria e eu fiquei com cara de tacho olhando para ela, o que eu ia falar?
- É que... É que conheci eles faz pouco tempo... – Eu disse meio vagamente
- Mesmo assim! – Ela disse me repreendendo com o olhar. Eu estressei com isso, fala sério, agora todo mundo que eu conheço tenho que apresentar para ela?
- Ah mãe, você nem fazia tanta questão da minha vida antes de engravidar! – Eu disse apertando a mãe de Dougie que gemeu do meu lado, eu olhei para ele e afrouxei a mão.
- Não é bem assim! – Ela disse se virando para entrar para dentro. – Mas isso a gente discute depois quando estivermos sozinhas.
Ela entrou para dentro antes que eu dissesse qualquer coisa. Estavam todos parados olhando o nosso curto debate que é normal para quem convive com nós duas.
- Bom Suh, nós já estávamos de saída! – Paola disse indo me dar um beijo, mas eu não ia deixá-los ir sem nenhuma explicação de o que eles estavam fazendo ali.
- Espera, vocês não queriam falar comigo? – Perguntei e ela parou onde estava.
- É queríamos, mas como você não estava e sua mãe achou que chegaria logo nos chamou para entrar e começamos a falar que até perdemos a noção do tempo – ela disse voltando a se aproximar e me deu um beijo no rosto e na Maira também. quase voei nela quando ela foi dar um beijo no Dougie, Maira também a fuzilou quando foi beijar o Tom, “Hey, que intimidade é essa?” Pelo menos o Jones não estava ali! – Temos que ir agora, amanhã a gente se fala na escola, minha mãe já me ligou para ir para casa.
- Tudo bem... – eu disse e Thiago veio para me dar um beijo também e eu não soube o que fazer, dava um beijo nele ou não? Ah ele veio e me deu dois beijos um em cada bochecha e eu senti a mão de Dougie apertando a minha nesse momento, ele também teve a cara de pau de dar beijinhos na Maira também. “Não sei porque minha mãe tinha que ter me ensinado a ser educada com quem eu não gosto!”.
- Cara entrosado! – Tom resmungou olhando ele abrir a porta do carro para Paola.
- Entrosado é pouco! Aquela Paola também é igual o primo, ah se ela te tocasse eu esgoelava ela! – Maira disse puxando Tom para o portão que riu dela. – Vocês vão querer entrar?
- Não, temos que ir embora, só descemos para protegê-las! – Tom disse, Dougie estava quieto, mas também pondera, um garoto que ele sabe que está dando em cima da namorada dele dá um beijo nela na frente dele! Puxei ele para um lugar meio afastado do outro casal para conversar.
- Doug... – Comecei a dizer e ele lascou um beijo em mim até quase ficarmos sem fôlego.
- Te amo Pequena! – Ele sussurrou no meu ouvido e eu arrepiei da cabeça as pés. “Ele me chamou de pequena, ouw que lindo!” – Não quero te perder... – Ouvi ele dizer depois de alguns segundos de silêncio, os quais eu recuperava a força, minhas pernas tinham bambeado.
- Você nunca vai me perder... – Eu disse dando um selinho nele – Eu também nunca quero te perder.
- Ok, se continuarmos não querendo perder um ao outro nós nos teremos para sempre! – Ele disse filosofando e eu ri puxando ele para o portão, onde Maira e Tom estavam se beijando.
Depois que eles foram embora ficamos olhando eles por trás em silêncio. Senti um aperto no peito vendo ele ir embora, mas ignorei. Levei um susto com Maira me cutucando, rindo e mostrando os garotos que estavam agora um pouco mais longe.
- Ai aquela bunda do Fletcher, que vontade de morder! – eu comecei a rir dela e entrei puxando ela.
- Só você mesmo, mas a do Poynter não é de se jogar fora também... – Eu disse rindo. – Se fosse igual a do Judd seria bem melhor, mas ele é perfeito do jeito que é!
- Verdade, a do Judd é enorme... Sorte da Pri! – Ela disse enquanto entrávamos em casa. – Vou ligar para minha mãe.
- Eu vou subir e arrumar os colchões no chão para farrearmos! – Eu disse sumindo pelo corredor enquanto ela tirava o telefone do gancho.

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