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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Capítulo 26

Me virei e dei de cara com o Tom se aproximando de nós.
- O que foi Mai, parece que viu um fantasma – eu disse me virando para ela. Achei que era alguém que ia nos matar pela cara que ela fez. Ela disfarçou um pouco a expressão louca que ela estava e começou a falar normalmente comigo.
- Suh, depois quero te falar uma coisa...
- Ta bom – só deu tempo de responder isso, Tom tinha chegado onde nós estávamos sentadas.
- Hey Tom! – Eu disse me levantando e dando um beijo no rosto dele.
- Oi Suh – ele disse me dando um beijo na bochecha também.
- Oi Tom – Maira disse num tom tímido, seja o que for que ela quer me contar tem algo haver com o Tom, tenho certeza.
- Oi – Tom respondeu seco, eu não entendi nada. – O que vocês fazem por aqui? Achei que a praia de vocês era a pista...
Ele disse enquanto eu me sentava novamente onde estava antes.
- A gente se cansou de lá... – Eu disse rindo e ele sorriu e mostrou a monocova dele, é tão linda. – E você? O que faz por aqui?
Ele ficou sem graça.
- Eu estou indo para a biblioteca, vou pegar uns livros sobre astronomia para eu ler – ele disse meio sem jeito e eu comecei a rir.
- Ai Tom, você é muito nerd! – eu disse ainda rindo e ele tampou a cara com as mãos.
- Ah é que eu estava sem nada para fazer, no tédio, e os meus livros vão chegar daqui há uma semana...
- Não tudo bem, eu só estava brincando com você, agora vai lá senão a biblioteca fecha, já é quase cinco horas.
- Oh God, é mesmo! Ainda bem que ela fica aqui na praça mesmo senão eu estava ferrado – ele falou correndo para a única construção que havia no meio da praça onde foi instalada a biblioteca municipal. – Tchau Suh...
- Tchau – respondi para o vento já que ele havia sumido no pequeno corredor que dava acesso à porta da biblioteca. – Porque ele não falou tchau para você? Pode me falar o que você queria me falar, aposto que tem algo haver com ele.
Semicerrei os olhos para a Maira que encolheu no banco?
- Acertou – ela disse meio sem jeito.
- Hum, você está gostando dele e ele descobriu e está te dando um gelo? Não, o jeito que ele te tratou está mais para um toco ou algo que você falou para ele e ele não gostou... – Eu disse mais para mim que para ela, como se estivesse analisando as alternativas em voz alta – Ou...
- CHEGA SUSAN! – Maira explodiu e eu quase caí do banco de tanto susto – Deixa eu falar, pode ser ou está difícil?
- Fala – eu falei com a voz reprimida.
- Bom, hoje durante a aula, o Harry falou para a Pri que o Tom estava afim de mim, me achava legal e essas coisas, daí eles armaram para nós ficarmos na saída da escola, nós ficamos em frente a quadra – ela disse tampando a cara com as mãos, tentando esconder a vermelhidão que eu já havia visto antes desse gesto.
- Tá, e daí? Você beija tão mal assim para o Tom te tratar desse jeito? – Eu perguntei rindo dela.
- Não, não é por causa disso, é porque depois que nós terminamos o beijo, ele disse que estava afim de mim e que queria tentar um namoro comigo, mas eu fiquei com medo não sei de quê e falei que não estava pronta para namorar, mas que eu gosto dele... – Ela disse e eu fiquei olhando para ela com a minha melhor cara de indignada.
- Você recusou namorar com ele? – Eu estava com os olhos arregalados e de boca aberta.


ON Maira’s POV’s

- Mais ou menos... – Eu disse com vergonha, Susan me olhava indignada, mas o que eu podia fazer? Eu achava tão legal ser amiga dele que tinha medo de perder essa amizade com um namoro.
- Mas você gosta dele né? – Ela me perguntou e eu caí no meu sonho de fantasias.
- Sim, ele é tão lindo, fofo, engraçado, perfeito... – Eu disse e tinha certeza que estava com cara de boba sonhadora e Susan ria muito de mim.
- Esqueci de falar que ele é inteligente, romântico, fofo, engraçado, lindo.
- Você já disse isso! – Ela disse e eu percebi que tinha repetido mesmo os adjetivos. – Mas me responde uma coisa.
- Pergunte – rebati.
- Porque você não aceitou namorar com ele quando ele te pediu? – Ela perguntou, gostaria que ela tivesse lido minha mente que assim eu não precisaria repetir o que havia pensado há pouco.
- Porque eu adoro ser amiga dele, amo mesmo, e tenho muito medo de perder a amizade dele – eu disse com um tom de lamento na voz.
- Só por isso? Sabia que quando se namora um amigo a amizade faz é aumentar e não diminuir?
- Já pensei nisso, e agora estou arrependida de não ter pedido um tempo para pensar e sim dar um toco no Tom! – Eu disse soltei todo o ar do pulmão, com raiva de mim mesma.
- Então olhe para trás – Susan disse e eu olhei confusa para ela e olhei para trás logo depois.
Meu coração parou quando eu vi quem estava atrás de mim com um sorriso maior que o Sol.
- Tom? Você não estava na biblioteca? – foi a única coisa que consegui dizer comum esforço sobrenatural.
- Ela estava fechada... - Ele não disse nada, apenas veio até mim, que estsva de pé pelo susto que levei e me deu um beijo, digamos, caliente e eu retribuí agarrando os cabelos dele e apertando seu rosto contra o meu, como se isso fosse natural.
Depois que ele separou seus lábios dos meus eu fiquei zonza, e ao olhar para os olhos brilhantes dele vi toda a felicidade que continha dentro dele. Ficamos nos olhando por alguns instantes até ouvirmos um pigarreio que nos fez voltar para o planeta Terra. Susan estava sentada olhando para nós sorrindo com ternura.
- Você começou a fazer essas perguntas por que ele estava atrás de mim não é? – Perguntei para ela que acenou com um sorriso sapeca no rosto.
- E você senhorito? Quem disse que pode ficar ouvindo a conversa de garotas? Isso é muito feio – Eu disse pressionando o dedo indicador no nariz dele.
- Mas valeu a pena dessa vez – ele disse me roubando um selinho e eu dei um tapa no braço dele.
- É, valeu – eu disse agora roubando outro selinho dele.
- Dá pra parar de ficar roubando selinhos um do outro que agorinha isso dá um beijo que eu não quero ver? – Susan perguntou e nós rimos.
- Tudo bem senhorita invencível! – Eu disse sentando no banco com Tom do meu lado.
- Bom, vou repetir a pergunta que eu fiz hoje de manhã – Quando Tom disse isso meu coração acelerou e minhas mãos começaram a suar, se eu estivesse em pé minhas pernas vacilariam, mas com tudo isso eu sabia o que ia responder. Eu olhei para Susan e ela estava me olhando com um sorriso luminoso e eu retribuí, eu amo tanto essa menina, ela sempre me ajuda quando eu mais preciso, por isso eu a ajudo também.
Tom se levantou, parou na minha frente de joelhos pegou minha mãe direita e com a outra ele tirou a mão esquerda que tampava minha cara de vergonha e segurou meu rosto pelo queixo para que eu olhasse dentro de seus olhos.
- Maira Hopkins, quer namorar comigo? – Ele perguntou e eu só sabia rir dele, que coisa mais careta e de mil e antigamente, mas foi fofo.
- Sim – eu respondi sorrindo mais que ele.
- Que coisa mais fofa! – Ouvi uma voz masculina falar ironicamente bem na hora que íamos nos beijar de novo, intrigada eu parei de me aproximar de Tom e olhei na direção da voz.
- Thiago! Paola! – Ouvi Susan resmungar – Mai, acho que essa praça aqui está sendo movimentada pelas mesmas pessoas que vão na pista, temos que achar outro lugar para fofocar em paz! – ela cochichou para mim e Tom riu.
- Concordo Suh – respondi no mesmo tom que ela.
- O que vocês fazem aqui? – Susan perguntou, era segunda vez que ela pergunta isso em menos de uma hora.
- Estávamos no cinema e o carro do Thiago está ali – Paola mostrou para um Peugeot preto atrás de nós.
- Um Peugeot novo? Ta podendo hein! – Tom disse com uma cara deslumbrada.
- Ganhei de aniversário – Thiago disse dando de ombros, devia estar acostumado a mimos desse jeito.
O celular de Susan deu um bip e ela o pegou do bolso. Enquanto ela lia Tom começou a falar sobre o carro com Thiago, Paola ficou mexendo no iPhone dela e eu boiando na maionese.
- Gente, vou ter que ir, minha mãe... Er... Deixa para lá... – Ela disse se levantando.
- Vou com você – disse me levantando também.
- E eu Mai? – Tom fez biquinho para mim.
- Vá para casa que mais tarde eu vou lá – disse mandando um beijo para ele que fingiu pegar e coloca no peito, eu revirei os olhos rindo.

Susan quase corria de tão rápido que estavam seus passos.
- Calma Suh, você logo ali na frente... – Ela continuou no mesmo passo – O que aconteceu?
- Meu pai está lá em casa – ela disse pai com um sorriso empolgado no rosto, parece que ela estava gostando de ter um pai na vida dela.
- E eu te atrapalhando, vou voltar para a praça, beijos... – eu disse parando para me virar mas ela me puxou pela blusa.
- Nem pensar senhorita, você vai comigo, você é a única que sabe disso ainda e depois você vai me ajudar a lembrar dos detalhes para contar para o mundo como eu me reconciliei com o John.
- Tudo bem – eu disse rindo dela.

OFF Maira’s POV’s


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